sábado, 17 de julho de 2010

INFINITO PARTICULAR


"Eis o melhor e o pior de mim.
O meu termômetro o meu quilate.
Vem, cara, me retrate.
Não é impossível.
Eu não sou difícil de ler.
Faça sua parte.
Eu sou daqui eu não sou de Marte.
Vem, cara, me repara.
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim.
Só não se perca ao entrar.
No meu infinito particular.
Em alguns instantes.
Sou pequenina e também gigante.
Vem, cara, se declara.
O mundo é portátil.
Pra quem não tem nada a esconder.
Olha minha cara.
É só mistério, não tem segredo.
Vem cá, não tenha medo.
A água é potável.
Daqui você pode beber.
Só não se perca ao entrar.
No meu infinito particular.”

(Marisa Monte)

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