domingo, 5 de setembro de 2010

POEMA FEMININO

(Itaí em mil novecentos e alguma coisa)


Que mulher nunca teve um sutiã meio furado, um primo meio tarado, ou um amigo meio viado?
Que mulher nunca tomou um fora de querer sumir, um porre de cair ou um lexotan para dormir?
Que mulher nunca sonhou com uma sogra legal, querida, em ser muito feliz na vida ou com uma lipo na barriga?
Que mulher nunca pensou em dar fim numa panela, jogar os filhos pela janela ou que a culpa era toda dela?
Que mulher nunca penou para ter a perna depilada, para aturar uma empregada ou para trabalhar menstruada?
Que mulher nunca comeu uma caixa de Bis, por ansiedade, uma alface, no almoço, por vaidade, ou, um canalha por saudade?
Que mulher nunca apertou o pé no sapato para caber, a barriga para emagrecer ou um ursinho para não enlouquecer?
Que mulher nunca jurou que não estava ao telefone, que não pensa em silicone que 'dele' não lembra nem o nome?

Desconheço a autoria.

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