sábado, 2 de abril de 2011

Carta do amigo Wagner e informação sobre o PELOURINHO E O AQUIDABÃ


Oi Niza!

De vez em quando eu sou convidado para participar de atividades relacionadas aos metalúrgicos como essa que teve agora em Salvador, na Bahia.
A diferença é que dessa vez eu fui de avião e não como de outras vezes que tive que enfrentar muita estrada.
O ano passado eu fui para um encontro desses em Angra dos Reis e caí na besteira de ir de moto achando que a distância era menor e estou até agora com problema na coluna.
Teve uma vez que eu fui para Vitória no Espírito Santo – o ônibus demorou a noite inteira, passou pelo Rio de Janeiro e só fui chegar ao meio-dia. E já não havia mais vagas no hotel para mim e outras pessoas. Tivemos que entrar meio que na marra para não ficarmos na chuva durante a noite.
Nesses encontros geralmente se discute conjuntura, situação internacional, nacional, estratégias do movimento, etc. Nas horas vagas pode-se ter alguma atividade de laser quando dá tempo. Agora, por exemplo, pude passar rapidamente no Pelourinho e achei muito bonito. Lá no Pelourinho você fica com a impressão de estar no Brasil de 200, 300 anos atrás.
Lá em Angra aconteceu algo muito marcante, em termos pessoais. Durante o passeio de escuna me deparei, de repente, com um lugar no qual eu já havia estado há muito tempo atrás. Eu pude reconhecer por que no alto de um morro existe um monumento em homenagem a um navio que naufragou (o Aquidabã). Pois foi justamente nesse lugar que eu havia passado um feriado prolongado lá pelos idos de 1975 junto a vários amigos da época que eu trabalhava nas gráficas. E foi pouco depois disso que eu me desloquei da região central de São Paulo para a Zona Sul e passei a trabalhar no setor metalúrgico. Mas não era só isso de trabalhar como metalúrgico, era também assumir responsabilidades em vários tipos de atuação, algumas semi-clandestinas, devido as condições da ditadura e, por causa disso, fui obrigado a cortar radicalmente qualquer tipo de contato com aqueles amigos os quais ficaram sem saber para onde eu tinha ido e sei lá mais o quê. E de repente, agora, eu me vejo diante daquele lugar e todas as lembranças voltaram com tudo, e ao mesmo tempo um sentimento de muita tristeza me acometeu, foi como se estivesse de volta a um mundo perdido, de outros tempos felizes que eu já nem me lembrava mais.

Um abraço.
Aquidabã - Angra dos Reis

O encouraçado Aquidabã ou simplesmente Aquidabã era o navio de guerra mais potente da Marinha no século XVIII, tendo participado de várias Batalhas, dentre elas a Revolta da Armada em 1894. O Aquidabã teve seu final na noite de 21 de janeiro de 1906, na Baía da Jacuecanga, uma explosão seguida de naufrágio vitimou cerca de 223 militares, entre eles três almirantes e o filho do ministro da Marinha da época. O motivo da visita do Aquidabã a Angra dos Reis era a possibilidade de transferência do Arsenal de armas da Marinha do Rio de Janeiro para Angra (idéia que após o desastre foi descartada). Pela versão oficial, o navio explodiu por conta de uma combustão espontânea de pólvora armazenada em seus porões. Em 1894, o Aquidabã participou da Revolta da Armada. De seus canhões partiram, acidentalmente, tiros que acertaram a cúpula da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro. Em 1895 foi torpedeado em Santa Catarina, tendo sérias avarias foi então enviado a Europa para serem feitos reparos. Hoje o Aquidabã é homenageado na cidade com nome em um clube náutico, os mortos tem um monumento próprio construído na Ponta Leste (ótimo ponto turístico) onde jazem seus restos mortais, a Marinha homenageia seus mortos todo dia 21 de janeiro colocando flores aos pés do monumento. Os destroços estão a cerca de 25 metros de profundidade, a visibilidade é ruim e pouco resta do navio atualmente.
Fonte: Arquivo Nacional.
Peroulinho - Bahia

Monumento Aquidabã

Um comentário:

Mi Garcia disse...

Wandenilzaaaaa...

Moça... passa no meu bloguinhu... te indiquei num post meu!!!!
http://mixl-garcia.blogspot.com/

Bjinhus!!!