quinta-feira, 4 de setembro de 2008

CARTA DE ALFORRIA
















“CARTA DE ALFORRIA”

A mim não importa o dia.
Somente a noite se faz presente, me dá alegria...
Nela escondo a minha agonia.
Nos sonhos tortos, em minha “carta de alforria”.
Ao fechar dos olhos...
Ave solta...
Voante...
Voando nos infinitos indefinidos das verdades nuas.
Dos desejos reprimidos, doidos, doídos.
Dos amores ausentes nos dias claros das noites escuras e frias.
Nelas me vejo rainha de um reino encantado...
Escondo calafrios brejeiros,
em braços imaginários.
Sou feliz, confesso.
Sou feliz, completa...
Noites solitárias de sonhos inacabados.
Noites frias de insônia, sem carinhos esperados...
Corpo solto no espaço do quarto.
Onde ondas de arrepios percorrem sem dó,
o corpo e o coração desolados de uma pobre sonhadora.
Amor...
Não tive,
nem terei.
Sei que assim permanecerei.
Nas noites onde o rosto do amado não definido,
aparece nos sonhos que ao amanhecer,
a claridade do dia faz-me esquecer.
Só!
Criatura criada para ser feliz.
Creio eu, assim...
Nada foi criado para mim...
Passo os dias esperando a noite chegar e...
Sonhar que tudo vai recomeçar.
Que na noite ainda irei encontrar,
o amor que neste mundo foi destinado para mim
Ou...
Não sei o que será!
A mim não importa o dia.
Somente a noite se faz presente, me dá alegria...

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