sábado, 14 de agosto de 2010

CRISTAIS - (O sonho de uma realidade ou a realidade de um sonho - 3º Capítulo)


O motor começou a funcionar, o aparelho deu as graças de sua veracidade, a comissária de bordo dava as últimas instruções, o aparelho acelerava cada vez mais e começou a decolagem, grande emoção, Niza sempre gostou desses “monstros voadores”. A voz da comissária disse que estava tudo tranqüilo, que poderiam tirar o cinto e relaxar.
Niza recostou-se na poltrona, fechou os olhos e pôs-se a pensar em tudo que faria quando chegasse ao Rio, pensou em Fernando, em seu braços, seus beijos, em, seu corpo junto ao dele, o barulho do motor do jato foi ficando cada vez mais distante... dormiu, caiu num sono profundo, embalado pelos sonhos e pelo balanço da espaçonave, na qual agora ela se via em seu delírio, lindo delírio.
De repente, um estrondo, quase uma explosão, o aparelho balançou mais violentamente, Niza abriu os olhos e sentiu o impacto do vento em seu rosto, o alvoroço dos passageiros, olhou para seu companheiro de viagem, este estava espantado, gritou com ele, saiu de sua poltrona, olhou e o que viu a deixou espantada e apavorada, uma menina voara de seu lugar e cobria a janela, com seu corpo, a qual o vidro havia partido; como pode? Não podia acontecer isso.
O avião balançava muito, a menina sugada gritava mais, Niza correu até o local onde ela estava, puxou-a com força e a tirou dali, o avião deu um “soco” e começou a cair, todos gritavam, Niza apanhou o acento de uma poltrona e tentou tapar buraco, o acento voou pelo espaço, o treinador veio ajudá-la, mas neste momento, ouviram voz do comandante.
- Meu Deus, vamos cair no mar...
Niza sentiu o impacto do avião na água, todos se seguravam como podia, o avião mergulhou de ponta e afundou, a água começou a penetrar no aparelho, todos faziam o possível para cobrir a janela quebrada, para não deixar a água entrar, não conseguiram, o avião encheu-se de água e sumiu na escuridão do mar.
Continua...

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