domingo, 31 de janeiro de 2010

SOLIDÃO

Só!
Caminheiro.
Do além mundo onde o sol se esconde.
Renascer do oráculo escuro da alma,
que ávida de vida, afunda na lama.
Olhos que acompanha o meu caminhar lento,
rumando para a eternidade incerta,
na certeza de se encontrar adiante.

Só!
Caminheiro.
Coração pingando o sangue da incompreensão,
do amor doação em troca da perdição.
Castigo de algo divino chamado amor,
no desamor dos viventes aloprados,
nos dias chuvosos, sem nenhuma emoção.

Só!
Caminheiro.
Olhar vago que procura entender,
o porquê, a razão, de tanta chateação.
Somos? Não somos?
Temos? Não temos?
Desejamos apenas e não conseguimos nada,
embora permaneçamos caminheiros
na nossa curta jornada.
Nada tem retorno, a não ser o sofrimento...

Só!
Caminheiro.
Isoladamente, em meio da multidão.
Esperanças várias; vidas incertas a esperar o paraíso.

Só!
Caminheiro.
Nas longas noites de insônia
a esperar que alguém chegue
e diga...
te amo.
Que carregue meu corpo,
rumo aos sonhos
para encontrar a felicidade.

Só!
Caminheiro.
Nas altas noites escuras,
com medo das sombras feitas,
pelos próprios pensamentos.

Só!
Caminheiro.
Nas orações feitas nas noites em claro,
ao Deus do amor,
sem saber ao certo se Ele existe
e se importa comigo.

Só!
Caminheiro.
Nas lágrimas choradas...
molhando o travesseiro.

Só!
Caminheiro.
Sem certeza de coisa nenhuma.
Poesia de: Vandenilza Caldonazzo

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