É impossível falar no município de Itaí sem falar em fazendas, sítios e chácaras com “cara” de ter parado no tempo, mesmo estando em dia com a modernidade, com a atualidade.
Suas fazendas são sinônimos de solo fértil, onde tudo que se planta renasce o vigor de um chão bem fecundado pelo desejo de continuar a vida.
Seus sítios são verdadeiros mananciais, de encher os olhos com pomares que a perder de vistas fazem a alegria dos que tiram do chão o sustento do dia-a-dia.
Suas chácaras são como oásis de descanso em meio ao turbilhão do trabalho semanal, onde delibera o descansar daqueles que labutam e merecem desfrutar desta felicidade rara.
Seu verde é constante, onde ao amanhecer o sol vem prometer um dia cheio de promessas do Criador, e quando a tarde chega, pinta de um vermelho brilhante o horizonte de nossas esperanças no futuro que renasce nos filhos e permanece para sempre nos adultos.
É doce ver tudo que deste chão nasce, no cotidiano das pessoas, onde em seus rostos cansados, espelha o amor pelo quinhão que lhe foi emprestado.
O município por estar entre os dez maiores do Estado de São Paulo, foi alvo de disputa de muitos latifundiários, mas até hoje resistiu aos ataques e conseguiu conquistar a sua própria economia, sem morrer aos poucos por falta de cuidados.
Bem no centro do município plantou-se a cidade, onde todos que chegam se apaixonam pela sua tranqüilidade, e deverasmente não a abandona por mera vontade.
O povo é adepto a amizade, altaneiro, participantes das mudanças regidas pela modernidade, sem deixar-se alcançar pela mediocridade daqueles que passam de passagem.
É terra do café, do algodão, do feijão e do “povão bão”. É terra de Santo Antônio que para poucos arrumou “casamentão” mas nunca deixou de segurar na mão daqueles que de socorro pedem para o coração.
É terra do marolo, fruto suculento e doce, de um cheiro forte que penetra pelas narinas adocicando o gosto amargo das entranhas estranhas que rondam nosso paladar.
É terra de montes, prados e Campinas, sem grandes montanhas, que deixam a mostra o horizonte colorido ao entardecer, enaltecendo o nosso sonho de voar em pensamentos e alcançar a felicidade que ninguém consegue visualizar de olhos abertos.
Viver neste município é viver o município; é defende-lo; mesmo que não tenha nascido aqui, ele faz você sentir parte dele, deixa você criar raízes profundas e nascer asas aladas para que se possa imaginar, buscar caminhos na certeza que você é herói nas “desgraças” das pedras do caminho.
Mas o município não sobrevive por si só, os filhos de terras distantes que buscaram abrigo neste chão, foram acolhidos de braços abertos, para o cultivo de seus sonhos de ser feliz, mesmo longe dos seus.
É município de jovens corações, promessas de adultos responsáveis, para protege-lo de predadores indesejáveis que chegam e vão sem deixar marcas nem saudade, o chão pisado com amenisidade e carinho, jurando amor à “terra mãe” que sustenta teu corpo calejado.
Há Itaí! Município propício a parada de muitos que tem na alma o sentimento profundo e certeiro da união de seus cultivadores, que sofrem juntos quando a natureza se defende dos maus tratos dos homens.
Este é o município que resido com minha família, meus amigos e muitos que de passagem me falar bom dia.
É impossível falar do município de Itaí sem falar de amor; amor pela fonte, onde a saudade canta canções e embala agonizante a paixão dos corações.
Mas temos que tomar cuidado com as “escoriações” vindas do nada, assolando decisões de não se envolver com experimentações. Cuidar do chão fértil das almas jovens que a deriva se deixam afundar no desconhecido e não conseguem mais fecundar o seu chão para dele bons frutos tirar, colher pensamentos e transformar em seu sustento, como o próprio chão faz.
Falar do município de Itaí, é despertar o interesse de conhecê-lo melhor, vive-lo bem e repousar no chão que nos dá sustento e descanso depois da caminhada rumo ao Pai.
Amar este município é pouco...
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